quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O Veneno está na Mesa


O título do post é o mesmo do documentário dirigido pelo cineasta Silvio Tendler em parceria com movimentos sociais, e que trata do uso de agrotóxicos na produção do alimento que consumimos diariamente.
O tema é grave por demais e precisamos começar a discuti-lo no intuito de ao menos pressionar o governo a tomar atitudes contra essa máquina de doenças em prol do lucro das grandes empresas.
O uso dos agrotóxicos causa uma série de prejuízos à saúde da população, que em sua imensa maioria não tem dinheiro para comprar alimentos orgânicos, e serve tão somente para aumentar os lucros e o poder de alguns agentes que “trabalham” em seus respectivos setores: gigantes do agronegócio na produção em larga escala; empresas fabricantes dos agrotóxicos (Bayer, Syngenta, Monsanto, etc); políticos que têm campanhas financiadas pelos anteriores.
Enquanto isso, ficamos sem a real noção do perigo ao qual estamos expostos, pois a grande mídia não toca na ferida e mesmo quando faz algumas matérias não dá nome aos bois (os agentes do parágrafo anterior).
É preciso outra lógica de produção e relação com os recursos naturais. Não podemos continuar vivendo, ou melhor, sobrevivendo sob o domínio do capital em todas as atividades. O lucro das grandes corporações a qualquer custo está nos custando a vida.
O documentário traz entrevistas com agricultores, consumidores, técnicos, com o escritor Eduardo Galeano, além de trechos de reportagens, sessões parlamentares e dados estatísticos. Um amplo debate acerca desse problema que afeta milhões de pessoas o tempo todo, pois se trata daquele que nos mantém vivos, os alimentos.
Outro aspecto fundamental nesse filme é que ele não foi feito para bater milhões em bilheteria, sua lógica é a da divulgação e conhecimento de todos. Como o próprio Silvio Tendler falou em entrevista à revista Caros Amigos, o curta foi produzido com o selo “copie e distribua”.
Então, cumprindo meu dever de cidadão e ser humano, deixo aqui o vídeo com a primeira parte do documentário. As outras partes (quatro ao todo) vocês podem acessar pelo youtube.
Agora é olho na tela pra assistir e mãos à obra pra compartilhar!  


Moisés Bonniek

Nenhum comentário:

Postar um comentário