Notícias de hoje dão conta de protestos na Espanha e na Grécia contra as chamadas medidas de austeridade, nas quais os governos pretendem cortar gastos públicos (saúde, educação e previdência que se cuidem) e aumentar os impostos, a fim de seguir a cartilha imposta pelo FMI e tentar sair da crise pisando na cabeça do povo. Multidões foram diretamente aos parlamentares na luta pelos seus direitos e sofreram, obviamente, a forte repressão policial.
O que me chamou atenção nesta noticia foi a movimentação do povo em tais países, que venho sempre observando em diversos momentos de instabilidade ou quando o governo toma decisões contrarias aos interesses sociais.
No Brasil, tivemos no início do ano um aumento absurdo para os congressistas, que passaram a ganhar o mesmo que um juiz do STF (cerca de R$ 26 mil mensais). Após tamanha excrescência, a presidente anunciou um corte nos gastos públicos (percebam! Enquanto o governo aperta as torneiras, o congresso aumenta o próprio salário sem dó nem piedade). Como se não bastasse, foi aprovado o aumento do salário mínimo para míseros 600 reais, sob uma chuva de protestos dos grandes empresários (tadinhos deles!!!). Ao mesmo tempo, fiquei sabendo (pela internet, pois a grande mídia esconde essas coisas) que existe uma porra (é isso mesmo!!!) de pensão vitalícia para ex-governadores com um valor astronômico e alguns ainda estão chiando porque a justiça de alguns estados querem cortá-la (aposentadoria por um cargo eletivo! É mole?!). Além de tudo isso (meu Deus!!!), o orçamento das obras pra a Copa do Mundo vem aumentando sucessivamente (perceberam o paradoxo? Mais dinheiro pras obras e menos pra salários e programas sociais).
Diante de tudo isso exposto no parágrafo anterior, o que nós fizemos? NADA
Moral da história: enquanto eles (políticos e grandes corporações financeiras) fazem o que querem, o povo apenas acompanha o big brother (nem sei se teve essa merda nesse ano), a novela da globo, o casamento de William e Kate, o futebol, entre outras coisas importantes.
Mas comemoremos, pois alguns setores ganham muito com tal situação: a grande mídia, que luta pra manter tudo do jeito que está; os governantes e mega-empresários, se regozijando com esse modelo de educação que forma pessoas para serem, invariavelmente, mão-de-obra barata e meros consumidores; as igrejas, de modo geral, que formam fiéis individualistas e alienados.
ÉÉÉÉÉÉÉ DO BRASIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIILLLLLLLLLLLLLLLLL!!!!!!!!!
Moisés Bonniek (fazendo mea culpa em tudo isso)
Assim é o brasileiro!O nome já diz Brasil/eiro : Aquele que trabalha o Pau-brasil.Porém, não somos muito diferentes daquelas pessoas que se manifestam na europa, mas o que nos diferencia deles é bem claro, a falta total de cidadania, em ambos os lados. Miseráveis somos nós, divididos entre hipócritas e medíocres. Pessoas. Massa da manobra!
ResponderExcluirConcordo contigo no que concerne à pobreza moral da maioria dos europeus, inclusive tenho muitas e muitas críticas aos mesmos. Porém ao menos nessa questão, assim como sempre observamos no Chile, na Argentina e em outros países (os europeus foram apenas exemplos), eles vão às ruas gritar pelos direitos. Não digo que não haja pessoas aqui no Brasil que também o façam, pois estaria generalizando erroneamente, mas minha crítica é à letargia da imensa maioria.
ResponderExcluirInclusive ontem mesmo, nao sei se voce soube, milhares de estudantes foram às ruas no Chile pedindo mais verba pra a educação. Te pergunto: quando foi que vimos algum grupo ir às ruas pela verba da educação (que é uma vergonha) aqui no Brasil?
Abração meu véio